quarta-feira, 22 de julho de 2015

Luiz Thomaz


Artigo de Maria Teresa Gomes. Publicado no Jornal A Razão em dezembro de 2008

No Racionalismo Cristão não há idolatria, fanatismo nem peditório, por isso não se vê nas Casas racionalistas cristãs imagens, vestes ou qualquer coisa que se relacione a rituais. Temos, sim,  muito respeito e admiração pelos  fundadores, pelo consolidador e demais componentes desta Doutrina que, em 2010, chegará aos 100 anos, tempo que tem enriquecido a humanidade com figuras que também fizeram a história deste nosso imenso país.

No mês de dezembro, destacamos a figura de Luiz Thomaz, um marco para a nossa Doutrina.

Luiz Thomaz atuou com Luiz de Mattos, no maior desafio da vida de ambos, e, com sintonia, invulgar idealismo e vontade férrea, chegaram à realização do grande propósito, cujo resultado está a beneficiar grande parte da humanidade, através das Casas racionalistas cristãs,  em várias partes da Terra, onde a sua disciplina é ponto fundamental, e o seus dirigentes, quais sejam: presidentes, diretores e militantes, se desdobram para manter acesa a  chama  do esclarecimento espiritual.   


Luiz Thomaz será sempre referência no Racionalismo Cristão. Entre os exemplos que deixou para a humanidade destacam-se a honestidade, o amor ao trabalho e, sobretudo, o repúdio à avareza e aos perdulários.

A sua existência física sempre foi vocacionada para a espiritualidade. Renunciou à atrações terrenas, ao materialismo. Casou-se, mas não teve filhos, e por isso adotou, com total responsabilidade, o Racionalismo Cristão, não se poupando no trabalho intenso e fecundo, e o resultado desse empenho tinha por finalidade única a filantropia. Ajudou  várias instituições beneficentes, e ainda assim, continuou acumulando bens, que, sabia, seriam muito necessários no crescimento, difusão e manutenção do Racionalismo Cristão.       

É de se admirar a visão que tinha do futuro da  Doutrina, que tanto amou e defendeu com o vigor do seu espírito generoso.

Sua existência física foi relativamente curta, 60 anos: nasceu a 4 de agosto de 1871 e desencarnou em 8 de dezembro de 1931. Teve como berço Portugal, Castanheiro de Pêra, distrito de Leiria, porém, ainda muito jovem, partiu para o Brasil, onde desenvolveu todo o potencial da sua derradeira encarnação, dando aos brasileiros o privilégio do seu convívio.

(A autora é Secretária da Casa-Chefe)