Artigo de Maria Teresa Gomes. Publicado
no Jornal A Razão em dezembro de 2008
No Racionalismo Cristão não há
idolatria, fanatismo nem peditório, por isso não se vê nas Casas racionalistas
cristãs imagens, vestes ou qualquer coisa que se relacione a rituais. Temos,
sim, muito respeito e admiração
pelos fundadores, pelo consolidador e
demais componentes desta Doutrina que, em 2010, chegará aos 100 anos, tempo que
tem enriquecido a humanidade com figuras que também fizeram a história deste
nosso imenso país.
Luiz Thomaz atuou com Luiz de Mattos,
no maior desafio da vida de ambos, e, com sintonia, invulgar idealismo e
vontade férrea, chegaram à realização do grande propósito, cujo resultado está
a beneficiar grande parte da humanidade, através das Casas racionalistas
cristãs, em várias partes da Terra, onde
a sua disciplina é ponto fundamental, e o seus dirigentes, quais sejam:
presidentes, diretores e militantes, se desdobram para manter acesa a chama
do esclarecimento espiritual.
Luiz Thomaz será sempre referência no
Racionalismo Cristão. Entre os exemplos que deixou para a humanidade
destacam-se a honestidade, o amor ao trabalho e, sobretudo, o repúdio à avareza
e aos perdulários.
A sua existência física sempre foi
vocacionada para a espiritualidade. Renunciou à atrações terrenas, ao
materialismo. Casou-se, mas não teve filhos, e por isso adotou, com total
responsabilidade, o Racionalismo Cristão, não se poupando no trabalho intenso e
fecundo, e o resultado desse empenho tinha por finalidade única a filantropia.
Ajudou várias instituições beneficentes,
e ainda assim, continuou acumulando bens, que, sabia, seriam muito necessários
no crescimento, difusão e manutenção do Racionalismo Cristão.
É de se admirar a visão que tinha do
futuro da Doutrina, que tanto amou e
defendeu com o vigor do seu espírito generoso.
Sua existência física foi
relativamente curta, 60 anos: nasceu a 4 de agosto de 1871 e desencarnou em 8
de dezembro de 1931. Teve como berço Portugal, Castanheiro de Pêra, distrito de
Leiria, porém, ainda muito jovem, partiu para o Brasil, onde desenvolveu todo o
potencial da sua derradeira encarnação, dando aos brasileiros o privilégio do
seu convívio.
(A autora é Secretária da Casa-Chefe)
