Maria Cottas
Sempre paira no ar uma interrogação que faz com que as
pessoas vivam desconfiadas umas das outras, seja qual for a questão. Desconfiar
é da natureza humana, sobretudo quando se trata de situação delicada. A pessoa
que se conhece como Princípio Inteligente e Matéria confia no semelhante, mas
observa até onde vai seu envolvimento com o trato das coisas sérias do viver,
em razão das consequências de vidas mal vividas num mundo psiquicamente tão
desequilibrado como é a Terra, onde ainda imperam o egoísmo, a vaidade, a
prepotência, a ganância, a indiferença.
Os seres inteligentes, que pensam e raciocinam para resolver
seus problemas, sabem avaliar os fatos ao redor, mas são poucos os que sabem
calcular a extensão dos acontecimentos cotidianos, são poucos os que conhecem
os meandros da mente humana.
Com seus ensinamentos, o Racionalismo Cristão proporciona
esse preparo aos que se interessam pela espiritualidade. Os estudiosos da
Doutrina sentem no âmago a força irradiada por espíritos de homens e mulheres
do passado que estão no Astral Superior, sempre prontos a intuí-los, de modo a
bem desenvolver seus atributos e suas faculdades espirituais.
A vida requer inteligência e valor, para que sejam criados
lastros materiais e espirituais. Os lastros espirituais são conseguidos com
equilíbrio psíquico e os lastros materiais são alcançados com trabalho e
economia. O ser humano, sendo obediente às leis evolutivas, educa a vontade,
renunciando a tudo que lhe é prejudicial.
Muitas pessoas seguem os princípios racionalistas cristãos,
praticam sua disciplina fortalecedora da alma, mas lutam contra dificuldades,
que não entendem por que acontecem. As dificuldades são necessárias, para
despertar a vontade de vencê-las. As adversidades são boas conselheiras, pois
acabam com os descuidos no viver, com o olhar invejoso sobre o semelhante
vitorioso. Quem não tem coragem nem valor para subir na vida fica sempre por
baixo, como se costuma ouvir. As situações desfavoráveis podem ser contornadas
com tranquilidade quando há sinceridade de propósitos, dentro de bases
espiritualistas. Os sinceros sempre impõem respeito.
Procurem, portanto, cumprir seus deveres, participando da
grande transformação espiritual da humanidade que está em marcha, contribuindo
para a paz entre as nações, pois ninguém vive isolado. Enganam-se os que assim
pensam, porque todos dependem uns dos outros.
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